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CONCRETO ECOLÓGICO - Vale Dias Engenharia

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CONCRETO ECOLÓGICO

Concreto Ecológico

     Instituição como o World Business Council for Sustainable Development apontam que o cimento é responsável por 5% do CO emitido no mundo. Isso diante do volume de produção anual de 3 bilhões de toneladas, uma quantidade que deve crescer mais de 300% nos próximos 20 anos. No Brasil, a produção anual é de cerca de 70 milhões de toneladas, o que coloca o país entre os 10 maiores produtores do mundo. Positivamente, porém, o  pais tem uma indústria cimenteira moderna, onde a emisão de gases poluentes por quilo de cimento produzido é menor em relação a outros países. Ou seja,enquanto no Brasil a produção é de 710 KG de CO emitido por tonelada produzida, a média mundial é de 880 Kg CO t.

     O dado é positivo, é verdade, mas não o suficiente para os pesquisadores de soluções ecológicas para o cimento. Foi o que demonstrou o professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe UFRJ, Romildo Toledo, em conferência no evento Missão Internacional em Construção Verde, da Câmara Americana de Comércio do Rio de Janeiro. Representando pesquisadores do Laboratório de Estruturas e Materiais da Coppe, ele apresentou soluções de concreto ecológico capazes de substituir entre 5% e 10% a quantidade de cimento utilizado no concreto. “Ainda estamos estudando outros materiais, como borracha de pneu usado para tornar todo o processo da produção do concreto mais sustentável, eliminando ao máximo a emissão de CO”, adianta Toledo.

     Voltando ao que já foi desenvolvido e testando em laboratório, o pesquisador destaca a utilização de fibras de sisal e de coco. Segundo ele, esses materiais naturais são tão eficientes no reforço do concreto quando as fibras sintéticas de polipropileno, nylon ou amianto. Em alguns casos, ainda de acordo com o especialista, o sisal pode ser até mais eficiente, pois confere maior ductilidade, ou seja, melhor capacidade de estirar ou comprimir a mistura. Outros estudos do Coppe dizem respeito ao desenvolvimento de tecnologia para o uso de cinza do bagaço de cana na substituição parcial do cimento. Outros testes também envolvem o uso do sisal cultivado no Nordeste e das fibras de plantas da Amazônia como substitutos para as fibras de aço, sintéticas e de amianto em produtos de fibrocimento. “Os estudos demonstram que as fibras vegetais podem substituir em pelo menos 50% o cimento na mistura, reduzindo ainda mais a emissão de gases na produção do concreto”, diz Toledo, lembrando que as plantas amazônicas referidas são o arumã a juta, a piaçava e o curauá.